domingo, 27 de fevereiro de 2011

IMAGENS QUE FAZEM HISTÓRIA








































MOACYR SCLIAR - VÁ COM DEUS!


Moacyr Jaime Scliar nasceu em 23 de março de 1937, em Porto Alegre. Era casado com Judith, com quem teve um filho, Roberto. Seus pais, José e Sara Scliar, oriundos da Bessarábia (Rússia), chegaram ao Brasil em 1904. Formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, era especialista em Saúde Pública e Doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública, tendo exercido a profissão junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência. Seu primeiro livro, publicado em 1962, foi "Histórias de médico em formação", contos baseados em sua experiência como estudante. Em 1968, publicou "O carnaval dos animais", de contos, que considerava de fato sua primeira obra. Publicou mais de 70 livros de diversos gêneros literários – entre eles, os romances “O Exército de um homem só”, “A estranha nação de Rafael Mendes” e “O centauro no jardim” – e teve textos adaptados para cinema, televisão, rádio e teatro, inclusive no exterior. Era colaborador dos jornais Zero Hora e Folha de S. Paulo. Desde 2003, era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Scliar ganhou três vezes o Prêmio Jabuti – a mais recente, em 2009, com o romance “Manual da paixão solitária”.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

REWIND: CAMPANHA!

"No futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do mundo e todos estão tristes. Na educação é o 85º e ninguém reclama..."
 
EU APOIO ESTA TROCA
TROQUE 01 PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES! O salário de 344 professores que ensinam = ao de 1 parlamentar que rouba

Essa é uma campanha que vale a pena!


Vamos agir!



OUTDOORS CITYBANK

Campanha publicitária do Citibank espalhada pela cidade de São Paulo através de Outdoors:

"Crie filhos em vez de herdeiros."

"Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."

"Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."

"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."

"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."

"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"

"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."

"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."

"...e quem sabe assim você seja promovido a melhor ( amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"

"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."

E para terminar: "Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."





LINK ESPETACULAR

SIMPLESMENTE ESPETACULAR! APÓS VER A IMAGEM ABERTA TOTALMENTE, FAZER CLIC COM O MOUSE E ARRASTAR PARA CIMA, PARA BAIXO, PARA A ESQUERDA E PARA A DIREITA . O SINAL + E - PERMITE AMPLIAR OU REDUZIR A IMAGEM. DIZ-SE QUE DEMOROU 3 ANOS PARA COMPLETAR ESTA APRESENTAÇÃO:




http://www.vatican.va/various/cappelle/sistina_vr/index.html

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

QUE TAL RIR UM POUCO?





AINDA SOBRE GESTÃO ESCOLAR

“A revolução da comunicação” desafia a um “crescimento contínuo de nossas habilidades de trocar informações mais rapidamente e mais amplamente” (LYLE & MCLEOD, 1999, p. 5). A informação, torna-se, então uma comodity com valor. Tudo se globalizou e continua a se globalizar, capital, tecnologia, gestão, informação, mercados internos e violência, ocasionando uma revolução no mundo do trabalho e na sua organização, na produção de bens e serviços, nas relações internacionais e, nas culturas locais, transformando o próprio princípio das relações humanas e da vida social num salve-se quem puder. O contexto mundial apresenta-se como o mais fértil que já se viveu em todos os tempos históricos para o desenvolvimento do individualismo e a dissolução do ser humano enquanto identidade.
São fundamentos essenciais da globalização a informação e a inovação que passam a exigir um elevado percentual de conhecimento. “As indústrias da informação internacionalizadas e com acentuado crescimento, produzem bens e serviços cognitivos. A circulação maciça de capitais, atualmente operantes, baseia-se na informação, comunicação e saber relativamente aos mercados mundiais. E como o saber é altamente transferível presta-se facilmente à mundialização” ( CARNOY, 2002, p.22).
Todavia esta nova realidade que “possibilita” tudo a todos ocasionou um acúmulo de dados e informações, saberes e tecnologias que ocasionou uma dispersão de todos estes saberes, informações que, bombasticamente, aturdem mentes e corações, produzindo uma dispersão dos valores humanos o emaranhado de culturas que se entrecruzam e dissolvem-se mutuamente.
Mais do que nunca, se faz necessária a gestão coletiva das instituições que necessitam coordenar e aglutinar saberes científicos e técnicos para responder aos desafios hodiernos. Nesse sentido, as assessorias, como “ferramentas” para a gestão podem e têm contribuído para a qualidade do trabalho nas instituições de qualquer natureza.
A consideração das necessidades educativas quer sejam relativas ao ensino, ao currículo, ao planejamento ou à avaliação, quer sejam de supervisão ou gestão, em qualquer âmbito do sistema educacional enfrenta, nesta complexidade contraditória e dissuadora de princípios humanos e de humanidade, todos estes impactos acima apontados e que geram gravíssimos problemas que afetam as questões conceituais, metodológicas e operacionais. Tal realidade reflete tanto pensamentos ideológicos e teóricos diferenciados como a impossibilidade da atualização necessária sobre os avanços do conhecimento científico e tecnológico e sobre os impactos que o mundo globalizado e o capitalismo selvagem ocasiona nas mentes e corações de todos os atores do fenômeno educativo e da sociedade em geral. Tal complexidade, assim como a exigência de corresponder às necessidades que se colocam pelo avanço do conhecimento, da tecnologia e da violência do capitalismo, possibilitam, “solicitam”, necessitam e exigem assessorias junto às empresas, instituições, organizações em geral e até, às escolas e sistemas educacionais. Tal nível de complexidade, põe em evidência a importância e necessidade da consideração da dimensão ética nas relações humanas, nas relações de trabalho e nas relações sociais mais amplas. Não se trata da dimensão ética disciplinadora que substituiu a Educação Moral e Cívica no Brasil, com a “adoção das competências”, mas de uma outra ética “que se assentará no cuidado que nos põe no centro de tudo o que acontece e que nos faz responsáveis pelo outro que pode ser um humano, um grupo social, um objeto, um patrimônio, a natureza (...).uma nova ética que não seja antropocêntrica ou individualista, mas que busca a responsabilidade pelas conseqüências” ( FERREIRA, 2004, p. 248). Torna-se, mais do que nunca, necessário tratar-se da ética em todo os âmbitos desta “sociedade transbordante” em que está a exigir, mais do que nunca a presença indispensável do verdadeiro sentido humano da vida. Torna-se necessário tratar-se da dimensão ética das assessorias que inflem decisivamente na “direção” da formação para a cidadania.
No que concerne à relação educação e trabalho, ocorreram, nos dizeres de KUENZER (2002) duas importantes mudanças, contraditoriamente articuladas: por um lado, ocorreu uma mudança de eixo na relação entre formação humana e conhecimento, e, portanto, entre educação e trabalho, em que o desenvolvimento das habilidades psicofísicas cedeu espaço para a capacidade de trabalhar teórico-praticamente; ao mesmo tempo, contrariamente à democratização das oportunidades de acesso à educação de qualidade que seria decorrente desta nova lógica, intensificou- se a dualidade estrutural acentuando- se a polarização de competências, em face do aprofundamento das diferenças de classe no contexto das novas estratégias de acumulação. A partir dos anos 80 do século passado é que se tornam mais visíveis estas novas relações entre as forças produtivas e a educação dos trabalhadores, quando, com o desenvolvimento e a utilização ampliada da base microeletrônica, o impacto das transformações sociais e produtivas causado por esta nova base técnica se fez sentir de forma muito intensa sobre as demandas de educação dos trabalhadores. (KUENZER, 2002, p.34).Tais transformações e demandas impõem à educação uma nova formação que introduz "uma nova concepção de competência, que passou a ser compreendida em contraposição a um saber de natureza psicofísica com foco na ocupação, predominantemente tácito e, portanto, desvinculado do conhecimento científico propiciado pela escolaridade, como a capacidade de agir, em situações previstas e não previstas, com rapidez e eficiência, articulando conhecimentos tácitos e científicos a experiências sociais e produtivas vivenciadas ao longo das histórias de vida. Em decorrência, passou-se a exigir dos que vivem do trabalho o que até então era prerrogativa da burguesia: o domínio do trabalho intelectual, não apenas no plano teórico, mas integrado à capacidade de atuar tanto em situações conhecidas como nas não previstas, exigindo criatividade e rapidez". (KUENZER, 2002, p. 2)
Desta forma a importância do trabalho teórico para o desenvolvimento das competências torna-se mais evidente, quanto mais mediados pela ciência e pela tecnologia, sejam os processos produtivos.
Ora, reconhecer que as transformações no mundo do trabalho, mais do que conhecimentos e habilidades demandadas por ocupações específicas, exigem conhecimentos básicos, tanto no plano dos instrumentos necessários para o domínio da ciência, da cultura e das formas de comunicação, como no plano dos conhecimentos científicos e tecnológicos presentes no mundo do trabalho e nas relações sociais contemporâneas, implica constatar a importância que assumem as formas sistematizadas e continuadas de educação escolar. A partir desta perspectiva justificam-se patamares mais elevados de educação que passam a exigir níveis mais aprofundados para os educandos , porque a concepção de competência enunciada privilegia a capacidade de trabalhar intelectualmente, valorizando o domínio do método e dos conteúdos da ciência, da tecnologia e sócio históricos que fundamentam a vida social e produtiva, contrariamente ao taylorismo / fordismo, que privilegiava o conhecimento tácito.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

GESTÃO DA EDUCAÇÃO: CONSIDERAÇÕES ACERCA DA DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA DA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO

O pressuposto deste trabalho assenta-se na convicção de que, na crise histórica em que se vive, o mundo está sendo pautado pelo ideário pós-estruturalista, pós-industrial, pós-moderno e neoconservador, quando a crise estrutural do capitalismo desenvolve um individualismo que em suas mais diferenciadas formas de manifestação apresenta-se como “tudo vale e tudo pode” desde que se tire proveito. Ora, se tudo vale e tudo pode, nada mais vale, nem os seres humanos nem a humanidade como um todo!
Este pressuposto exige que se examine as contradições que, por conseqüência, pautam a educação, a sua gestão e as estratégias que utiliza, na ampla sociedade afetada por esta “direção”. Neste contexto e, a partir desse pressuposto, é que se examinam as assessorias na educação e a sua dimensão ética.
A apreensão adequada da contradição entre trabalho social e relações de produção no interior da “crise estrutural da forma capital” a que se refere Mészáros (1995) permite entender porque permanece válida a tese da centralidade do trabalho e, ao mesmo tempo, permite evidenciar que a crise do capital e da forma que assume o trabalho quando subordinado à relação capital-trabalho abstrato, trabalho alienado, trabalho assalariado é uma crise de natureza e conseqüências diversas (Frigotto, 2002, p. 66). Para Mészáros, o capital esgotou sua capacidade civilizatória e agora tende a ser mera destruição dos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores. Tal constatação e as contradições vividas na crise apontada na epígrafe acima, nos fazem constatar que, de um lado, a ideologia da globalização e, de outro, a perspectiva mistificadora da reestruturação produtiva embasam, no campo da educação, a nova vulgata da pedagogia das competências e a promessa da empregabilidade. À exacerbação do individualismo , na contemporaneidade somam-se os argumentos fundados no credo do pós-modernismo que realça as diferenças (individuais) e a alteridade de forma conveniente ao capital. A diferença e a diversidade, dimensões importantes da vida humana, mascaram a violência social da desigualdade e reafirmam o mais canibal individualismo onde tudo vale e tudo pode e, porque tudo vale e tudo pode, nada mais vale. Como já foi escrito em outro lugar, "....as expressões “um grito de socorro” e “uma mulher acena pedindo ajuda” que eram questões humanas prioritárias de serem atendidas, tais questões, que continuam a ser muitíssimo importantes, ainda hoje e sempre, contraditoriamente deixaram de ser “questões” e passaram a ser, junto com tantos e tantos outros acontecimentos gravíssimos que ocorrem diuturnamente, “simples fatos” que se “amontoam” na “vala comum” do insignificante, do banal, no mundo globalizado dos indiferentes a tudo que não trouxer proveito pessoal. Falo da profunda e oportuna “vala comum” do insignificante, do banalizado onde são depositados tudo e todos, o conjunto da humanidade, porque não possui mais, valor algum. O humano, a vida humana e as “coisas da vida humana” tornaram-se banalizadas, naturalizadas porque perderam seu verdadeiro sentido!" (FERREIRA, 2003, p. 18).
Esta crise estrutural, profunda, do próprio sistema capital que afeta – pela primeira vez em toda a sua história – o conjunto da humanidade, coloca para as políticas educativas, a educação e a sua gestão, assim como para os seus responsáveis profissionais a questão de repensar os princípios humanos e a dimensão ética do trabalho educativo em todas as suas dimensões. Uma das contradições que ressalta do exposto acima é tanto o anseio pela liberdade consciente dos seres humanos como a dominação que se impõe pelas determinações do atual momento histórico quer na luta pela sobrevivência, quer na luta pelo poder.
A democracia real continua a ser o horizonte e realidade de maior anseio em todos os “cantos” do planeta. Todavia, contraditoriamente, alucinada pela intermediação da mídia como instrumento de poder, nesta “aldeia global” a população mundial vê um mundo diferente da realidade, na teia de relações e mediações que a tecnologia criou e explora conforme os interesses mais diversificados e contraditórios. E, por esta “teia” fenomenal, a democracia real como anseio, se perde nos discursos ideológicos e nas estratégias controladoras e manipuladoras do capital internacional.
Sabe-se que a história humana é marcada por certas “descontinuidades”, não se desenvolvendo de uma forma uniforme. As transformações hodiernas e os modos de vida que a contemporaneidade fez surgir afasta-nos de todos os tipos tradicionais e pretendidos de organização social, de uma forma sem precedentes. Tanto em extensividade como em intensividade, as transformações científico-tecnológicas, econômico-sociais, ético-políticas, culturais e educacionais, na contemporaneidade, tornaram-se mais profundas do que a maior parte das mudanças características de todos os períodos históricos até então vividos. Tanto no plano da extensividade como em termos de intensividade, serviram para estabelecer formas de interligação social à escala do globo que vieram, contraditoriamente possibilitar e impossibilitar acessos e melhoria de vida e alterar algumas das características mais íntimas e pessoais da nossa existência cotidiana. (FERREIRA, 2003).
A economia globalizada desenvolve-se através de atividades estratégicas fundamentais, como a “inovação”, o capital e a gestão da empresa, que funcionam em escala planetária em tempo real “e ao vivo” (CARNOY & CASTELLS, 1993; CASTELLS, 1996; TOLDA, 2001; SOUSA SANTOS, 2001) através dos recursos tecnológicos proporcionados pelas telecomunicações, sistemas informáticos, microeletrônica e redes informatizadas. Uma das principais características da nova “era do conhecimento” nos dizeres de Toffler (1999), é a aceleração dos processos de mudança, das instituições, das empresas, da cultura, das organizações do Governo. Nas duas últimas décadas, a geografia provou que os espaços são socialmente construídos e que, também, as relações são socialmente construídas (GREGORY & URRY, 1985; THRIFT, 1996; MASSEY, 1992)prioritariamente sob a égide do capital internacional, do fundamentalismo e do terrorismo.

By Naura Ferreira