domingo, 26 de junho de 2011

PAZ NO TRÂNSITO EM DOM PEDRITO

ACREDITO QUE ESTA IMAGEM DIZ TUDO!

VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO

Violência no trânsito custa R$ 28 bilhões por ano ao país!

Acidente em Dom Pedrito

O número de mortes no trânsito no Brasil supera a marca de 30 mil, segundo estatísticas oficiais. As cinco principais causas da matança, apontadas por pesquisadores e órgãos públicos, são: álcool, cansaço, desrespeito à sinalização e imprudência, excesso de velocidade e impunidade e falta de fiscalização. No mínimo quatro pessoas por hora morrem nas estradas, ruas, avenidas do Brasil. São cem por dia. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) estima que foram 32.465 mortos em 2008. Já o Ministério da Saúde tem outro número: 37.585.
Mas a conta pode ser bem maior. O especialista fez o cálculo a partir dos casos de mortes em que foi pedido o DPVAT, o seguro obrigatório pago a vítimas de trânsito: “É o que eu chamo de genocídio sobre rodas. São 62 mil mortos, na nossa avaliação, por ano, em acidentes de trânsito no Brasil”, diz Sílvio Médici.

Álcool

Em Belém, no Pará, na mesma sexta-feira à noite, jovens bebem num posto de gasolina. Uma moça termina uma garrafa de coquetel de vodka, pega o carro e sai. É seguida por nossos produtores. “Não bebi antes de dirigir. Tenho certeza absoluta”, garante ela.
De acordo com o especialista, o álcool é a principal causa de morte no trânsito do país. Há cinco anos. Orlando Silva tenta retomar a vida, com a coluna lesionada. “Fiquei três meses e 11 dias no hospital. A cirurgia que eu fiz custou R$ 47 mil.”
Tratar feridos é apenas parte do custo de R$ 28 bilhões por ano que o país tem por causa da violência no trânsito. E Orlando diz que o amigo que dirigia o carro na hora em que sofreu o acidente continua a beber e dirigir. A profissão dele: motorista de caminhão.
Um ano e meio depois de entrar em vigor, a Lei Seca produziu resultados fortes no Rio de Janeiro, onde a fiscalização é constante. Em 2009, o número de mortos e feridos no trânsito do Rio de Janeiro caiu quase 30%. Foram 3,7 mil vítimas a menos.


Durante um "racha"
Cansaço

“É muito comum, em um feriado prolongado, por exemplo, a gente ver a pessoa que passou o dia inteiro trabalhando, chega em casa, junta a família, já está esgotada, bota toda a tralha dentro do carro e depois vai pegar horas de trânsito. As consequências vão aparecer. Fora aqueles que trabalham na estrada que vivem em regime de escravidão”, diz Rodolfo Rizzotto.

Silvério Garbuio, do Instituto do Sono de São Paulo, avaliou  alguns caminhoneiros. “Paro para descansar umas duas horas, duas horas e pouco. E volto a dirigir por umas 17 horas, 18 horas sem parar”, admite o caminhoneiro Adelmo Jung. “Vim de Mato Grosso do Sul. Foram umas 19 horas direto”, diz o também caminhoneiro André Oliveira Bispo.

Desrespeito

Sobrou o quê?
Em São Paulo, uma viagem com o piloto César Urnhani e com José Aurélio Ramalho, especialista do centro de experimentação e segurança viária, mostra os perigos nas estradas paulistas. “Se você olhar aquele carro ali na frente, ele está vindo na contramão para querer atravessar aqui. Na verdade, ele teria que ter continuado nessa via, procurado um retorno pra poder entrar”, mostra o piloto César Urnhani.
“Dirigindo o carro com uma mão só, a mão direita está sobre o volante, ou seja, se ele precisar fazer um desvio de emergência,vai perder o carro de controle. A posição correta é com as duas mãos no volante."
"Quem provoca a morte, o acidente com morte, em regra, é a imprudência do motorista: 4% apenas das mortes que acontecem no país em rodovias federais aconteceram em estradas esburacadas. E 96% das mortes acontecem em pistas com trecho bom", diz Alexandre Castilho, da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Excesso de velocidade

Um teste com um radar móvel mostra como os motoristas são imprudentes quando acham que não estão sendo vigiados. Em uma avenida da Zona Oeste do Rio de Janeiro, os carros reduzem a velocidade, alguns até em cima da hora. Posicionamos o radar 500 metros adiante.
"Passado o risco de multa, o motorista acelera mais ainda, que é para compensar aquele período que perdeu, aquele espaço de tempo que ele diminui a velocidade, causando mais riscos de acidente na frente", diz Médici.
Em maio do ano passado, um deputado estadual foi o responsável pela morte de dois rapazes. Fernando Carli Filho dirigia embriagado, de madrugada, num bairro de Curitiba, avançou o sinal a 170 km/h e bateu no carro que conduzia os jovens.
Carli Filho tinha perdido o direito de dirigir por causa de 30 infrações, 23 delas por excesso de velocidade. O deputado foi indiciado por duplo homicídio. O julgamento está marcado para o mês que vem. O deputado responde o processo em liberdade.

Punição

Que carro é esse?
“Quando ela tinha 9 anos, escreveu ‘Eu amo a vida’”, lembra Roni Barbosa, pai de uma vítima da imprudência no trânsito. A vida dela terminou aos 15 anos. A saudade não diminui, mas o pai pode afirmar: “No caso da Juliana, eu posso dizer que houve Justiça, não houve impunidade”.
Juliana foi morta em uma via expressa em Florianópolis. O carro no qual ela estava com o namorado foi atingido por outro, que disputava um racha. “O principal fator pra conseguir uma condenação foi a mobilização popular. A participação da população em atos públicos, mostrando indignação e também exigindo a punição dos culpados”.
Levados a júri popular, os dois rapazes que disputavam o racha foram os primeiros, na história do Brasil, a ir para a cadeia condenados por crime de trânsito. “Punir é uma forma de educar. No trânsito, nós temos que punir para educar”.
Mas a cadeia para criminosos do trânsito ainda é rara no Brasil. “É recurso mais recurso, ficam cinco anos no processo, e quando vai a julgamento, aí você tem que pagar cem cestas básicas; matou cinco pessoas de uma família, e ele paga isso aí, cem cestas básicas, e está solto", diz Médici.

Fiscalização

Imprudência! Ser malandro dá nisso!
A morte de Juliana levou à instalação de nove radares fixos, os chamados pardais, ao longo de oito quilômetros da avenida. “Antes da instalação, nós tínhamos para cada 10 mil veículos que circulavam, 2 mil infrações de avanço de sinal vermelho ou de excesso de velocidade. Hoje essa estatística caiu para 3 em cada 10 mil”, compara o presidente do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis, Átila Rocha dos Santos.
O número de mortes caiu 90%. Também em Santa Catarina, um exemplo contrário. Uma lei mandou tirar os radares das rodovias estaduais, por entender que os “pardais” eram uma indústria de multas. “Nós tínhamos reduzido em 72% por cento as mortes. Com a retirada deles, tivemos um aumento de 50% nas mortes”, informa o comandante da Polícia Rodoviária Estadual de Santa Catarina, coronel Paulo Moukarzel.
Nos 3,8 mil quilômetros de rodovias estaduais de Santa Catarina havia apenas 20 radares, que estavam nos trechos mais perigosos. Agora eles podem ser substituídos pelos portáteis, mas é preciso mobilizar pelo menos cinco policias para cada aparelho. Nas 24 horas do dia, são necessários cerca de 60% do efetivo da Policia Rodoviária Estadual para operar os aparelhos.

Exterior

No Japão, o índice de mortes por 100 mil habitantes é de 4,72. Na Alemanha, 5,45; França, quase sete; Itália, 8,68. Nos Estados Unidos, o índice passa de 12. No Brasil, salta para 17. Os números em outros países nem sempre foram bons. As melhoras foram conquistadas. Nos últimos seis anos, o número de mortos nas rodovias italianas caiu 46%. Na França diminuiu 44%. Na Itália, foram espalhadas câmeras especiais que medem a velocidade média dos carros e colocado muito asfalto antichuva, que evita a derrapagem. Na França, alem das câmeras que flagram o excesso de velocidade, foi feita uma grande campanha de conscientização. Nos dois países, o limite de velocidade é de 130 km/h.
Um dado espantoso vem da Alemanha: o número de mortos nas estradas em 2009 foi o mais baixo desde 1950. Isso em um país que não tem limite de velocidade em 45% das rodovias. As razões são a excelente qualidade das pistas e o extremo respeito dos alemães pela sinalização.

Rigor contra o álcool

Em um bairro boêmio de Tóquio, todas as noites, principalmente depois da meia-noite, há muito movimento. As pessoas saindo dos bares, as ruas lotadas, mas repare: praticamente só tem táxis. Os japoneses bebem, mas não se arriscam a dirigir. É que as leis são extremamente rigorosas.
Quem dirigir depois de alguns goles pode pegar cinco anos de cadeia. Os acompanhantes podem ficar presos até três anos. Resultado: as mortes no trânsito no Japão caem há nove anos seguidos. Em 2009, morreu mais gente andando de bicicleta no Japão do que em acidentes com motoristas bêbados.
Entre os países desenvolvidos, os Estados Unidos têm um dos índices mais altos de morte per capita nas estradas. Mas esses números vêm caindo. Em 2009, pela primeira, vez ficou abaixo de 40 mil mortos. O principal motivo é o rigor contra os motoristas alcoolizados.
A cada ano, cerca de 1,5 milhão de americanos são presos por dirigirem embriagados, perdem a licença e, se tiverem antecedentes, vão para cadeia. No estado de Nova York, a pena de prisão é automática se houver alguma criança no veículo. Desde 1980, quando as primeiras leis contra os motoristas embriagados foram adotadas, o número de mortes causadas por eles caiu pela metade.

Fonte: G1

ALCOOLISMO - UM PROBLEMA SÉRIO!

Considera-se abuso do álcool quando uma pessoa utiliza, mesmo que não constantemente, álcool em quantidade suficiente para causar problemas de saúde ou de outra espécie, como brigas e acidentes automobilístico. Mesmo sem ser dependente do álcool, uma pessoa que utiliza o álcool sem moderação pode ter complicações tão ou mais sérias que os alcoólatras.
O alcoolismo é uma doença onde há dependência do uso de álcool. O alcoólatra tem grande dificuldade de parar de beber, está sujeito aos mesmos riscos do abuso de álcool, mas, como não consegue abandonar a bebida, apresenta muitas vezes uma deterioração na saúde, na família, no trabalho e no círculo de amizades. O abuso do álcool e o alcoolismo estão entre os principais problemas da nossa sociedade. O álcool é uma droga como a heroína, a cocaína e o crack. Por que ? Porque vicia, altera o estado mental da pessoa que o utiliza, levando-a a atos insensatos, muitas vezes violentos. Pior, causa mais problemas à família e à sociedade. Infelizmente, faz parte da nossa cultura o seu uso.
Algumas estatísticas sobre o álcool
 
O alcoolismo acomete de 10% a 12% da população mundial e 11,2% dos brasileiros que vivem nas 107 maiores cidades do país
A incidência de alcoolismo é maior entre os homens do que entre as mulheres
A incidência do alcoolismo é maior entre os mais jovens, especialmente na faixa etária dos 18 aos 29 anos, reduzindo com a idade
A álcool é responsável por cerca de 60% dos acidentes de trânsito e aparece em 70% dos laudos cadavéricos das mortes violentas
De acordo com a última pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) entre estudantes do 1º e 2º graus de dez capitais brasileiras, as bebidas alcoólicas são consumidas por mais de 65% dos entrevistados, estando bem à frente do tabaco. Dentre esses, 50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade. Então por isso proibirão venda de alcool a menores de 16 anos.
Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria - Abuso e Dependência do Álcool

As outras drogas são consideradas ilegais e sua venda e uso levam a punições severas. Começamos a lutar contra o uso da nicotina, com vetos à propaganda e informações à população, mas o seu uso está crescendo, principalmente entre as mulheres. E o álcool ? Continuamos assistindo a propagandas na televisão, na rua e no rádio, mostrando que vinho e whiskey são adequados a pessoas de fino trato e, pior, que beber cerveja é pré-requisito para um bom convívio social. Algumas dizem claramente que o homem que não bebe cerveja não consegue mulheres. Fora os problemas com violência e direção, o álcool pode provocar diversos malefícios ao organismo. É claro que a dose necessária para isso depende enormemente da pessoa e do teor alcoólico da bebida. Em relação a cirrose, por exemplo, considera-se que um homem deve beber em média 80 gramas de álcool ( 60 g para mulheres ) por semana por 10 a 12 anos. O etanol ainda afeta diversos órgãos, causando doenças do cérebro, nervos, coração, pâncreas, etc.
Bebida
Unidade
mL
Etanol (g)
Cachaça
dose
50
17
garrafa
660
220
Destilados (whiskey, vodka)
dose
50
+/- 16
Aperitivos (martini, campari)
dose
50
+/- 8
Cerveja
copo
250
9
lata
350
13
garrafa
660
25
g/L = °GL x 10 x 0,7893
Fonte: Neves, MM e cols. Concentração de etanol em bebidas alcoólicas mais consumidas no Brasil. GED 8(1):17-20, 1989
DIAGNÓSTICO
O alcoolismo é um conceito completamente diferente. É uma doença, um vício, devendo ser tratado como tal. Acredita-se que seja causado principalmente por predisposição genética, segundo achados mais recentes, e em menor parte pelo ambiente (mas as pesquisas e opiniões divergem muito sobre essa questão), não podendo ser considerado de modo algum falha de caráter. Mesmo sendo importante a quantidade do álcool ingerido, essa é uma conseqüência. Para definir uma pessoa como alcoólatra é mais significativo analisar o impacto do álcool na sua vida e se já tentou parar e não conseguiu. Temos dois questionários mais utilizados para identificar pessoas com abuso de álcool. O primeiro, chamado de CAGE, é mais simples e foi criado por Mayfield e colaboradores, sendo um bom método para identificar pessoas que precisam de ajuda.
Responda:
Você já sentiu necessidade de parar de beber ?
Você já se sentiu chateado por pessoas que criticam seu hábito de beber ?
Você já se sentiu culpado por beber ?
Você já bebeu álcool de manhã para acordar ?
Duas respostas SIM indicam abuso de álcool; apenas um SIM pode ser sinal de abuso.
O Teste de Identificação de Distúrbio de Uso do Álcool (AUDIT), criado por Piccinelli e colaboradores, é atualmente o melhor método para a identificação e estratificação do alcoolismo.
Responda as questões:
1
Com qual freqüência você utiliza bebidas com álcool ?
(0) nunca (1) mensalmente ou menos (2) 2-4 vezes ao mês (3) 2-3 vezes por semana (4) 4 ou mais vezes por semana
2
Quantas bebidas alcoólicas você costuma tomar nesses dias ?
(0) 1 ou 2 (1) 3 ou 4 (2) 5 ou 6 (3) 7 a 9 (4) 10 ou mais
3
Com que freqüência toma mais que 6 drinks em uma única ocasião ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
4
Com que freqüência no último ano você se sentiu incapaz de parar de beber depois que começou ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
5
Com que freqüência no último ano você não conseguiu fazer algo pela bebida ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
6
Com que freqüência no último ano você precisou beber de manhã para se recuperar de uma bebedeira ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
7
Com que freqüência no último ano você sentiu remorso após beber ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
8
Com que freqüência no último ano você não conseguiu se lembrar o que aconteceu na noite anterior pela bebida ?
(0) nunca (1) menos que mensalmente (2) mensalmente (3) semanalmente (4) quase diária
9
Você já se machucou ou machucou alguém como resultado do seu uso de álcool ?
(0) não (2) sim, mas não no último ano (4) sim, no último ano
10
Algum parente ou amigo ou médico ou outro profissional de saúde se preocupou com seu hábito ou sugeriu que parasse ?
(0) não (2) sim, mas não no último ano (4) sim, no último ano
Some os números em parênteses. Um valor maior que 8 indica problemas com bebida.
TRATAMENTO
Há, atualmente, várias formas eficazes de se tratar o alcoolismo. O método mais simples, para casos mais leves, é a realização de consultas periódicas com uma equipe multidisciplinar experiente (incluindo psiquiatra ou psicólogo) com o apoio da família, onde são discutidas as dificuldades de abandonar o vício e encorajados os esforços. Estudos mostram que este é um método eficaz em reduzir o uso do álcool, dependendo diretamente da freqüência das consultas. 
Outro método muito eficaz são os grupos de auto-ajuda, particularmente os alcoólicos anônimos. Esses são baseados em variações do programa de 12 passos, além de reuniões freqüentes. Os resultados dos AA são difíceis de avaliar, mas aproximadamente um terço permanece sóbrio de 1 a 5 anos, e um terço por mais que 5 anos. Outro conceito diferente de grupo de apoio é o de "Consumo Controlado", onde recomenda-se o uso em doses adequadas da bebida. A principal diferença é que no primeiro o alcoólatra tem que reconhecer que é incapaz de controlar a própria vida, no segundo afirma-se que o alcoólatra deve retomar esse controle. Casos mais sérios devem ser acompanhados por psiquiatra para tratamento psicoterápico e medicamentoso. Muitos alcoólatras apresentam distúrbios psiquiátricos que necessitam de tratamento, e outros sofrem de sintomas de abstinência quando param de beber, conseqüência da dependência física do álcool. Geralmente, não é necessária internação para desintoxicação, pois a eficácia não é maior. No entanto, certos casos devem obrigatoriamente ser internados.
Devem ser internados para desintoxicação:
Aqueles que sofrem sintomas de abstinência moderados a severos;
Aqueles com delirium tremens;
Aqueles que são incapazes de seguir acompanhamento diário;
Aqueles que possuem outra doença física ou psiquiátrica que necessita de internação;
Aqueles incapazes de tomar medicação por via oral;
Aqueles que já tentaram tratamento fora do hospital, sem sucesso.

O tratamento medicamentoso também pode ser útil em associação com a psicoterapia (particularmente a comportamental combinada intensiva). Antes, poucos profissionais utilizavam drogas como o dissulfiram que, misturadas ao álcool (sem o conhecimento do doente) causavam reações severas, com sensação de morte iminente, achando que isso auxiliaria o tratamento. Os resultados são desastrosos, pois a reação pode ser realmente fatal. A medicação mais utilizada no momento para o tratamento do alcoolismo é a naltrexona (revia®), cujo mecanismo de ação não está bem esclarecido, mas reduz a necessidade de voltar a beber. Recentemente (2006), foi aprovada nos EUA uma apresentação injetável da naltrexona, que seria aplicada apenas mensalmente e com isso poderia aumentar a sua eficácia. O acamprosato é uma medicação mais recente, ainda não lançada no Brasil, mas aparentemente não tem melhor eficácia nem segurança que a naltrexona.
CONCLUSÕES
Concluindo, o álcool é responsável, além de diversas doenças, por grande parte dos atos de violência e dos acidentes dos mais variados, desde trânsito até de trabalho. Apesar das suas conseqüências desastrosas, o ato de beber é considerado parte fundamental do convívio social, dificultando as campanhas (muito aquém do necessário) de conscientização. No extremo do ato de beber, encontramos os alcoólatras, dependentes do álcool que devem contar com o apoio e compreensão da sociedade para sua recuperação, que deve abandonar o preconceito e tratá-los com respeito.
Fonte: Dr. Stéfano Gonçalves