sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

Olá meus jovens! A proposta desta semana é conversar um pouco sobre diversas situações que nos "atacam" nesta reta final. Um dos pontos temáticos de nossa sociedade é o planejamento. Como forma de injetar uma problemática e discussão acerca dela, no post abaixo há um texto que serve como inicial. Gostaria que dissertassem tendo alguns pontos como referência, que coloco aqui, escolha um destes e seja feliz.... temos até o dia 05/10/2012!
 


Leia trecho da fábula Alice no país das maravilhas.
Alice encontra o Gato de Cheshire (Cheshire é um lugar da Inglaterra), um gato que aparece e desaparece, às vezes de repente, às vezes aos poucos, deixando apenas um sorriso no ar. Alice pensa que já viu muitos gatos sem sorriso algum, mas nunca viu um sorriso sem gato. Alice pergunta ao gato qual caminho ela toma para sair dali. O gato responde que isso depende para onde ela quer ir. Alice fala que não importa, quer apenas sair dali. O gato responde que, nesse caso, qualquer caminho serve. (CAROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.)


Pode-se inferir do relato do diálogo entre Alice e o Gato que:

1. o fracasso de um planejamento é conseqüência da falta de um conjunto de objetivos claramente definidos.


2. para definir um planejamento, não há necessidade de mensurar os objetivos.

3.  o resultado de um planejamento independe dos objetivos estabelecidos.
 
4. os objetivos são resultados imediatos que se pretende atingir quando se estabelece um planejamento.
 
 

TRABALHO COLETIVO 3

 O dilema de Alice
Alice: Poderia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui?
Gato: Isso depende muito do lugar para onde você quer ir.
Alice: Não me importa muito onde.
Gato: Nesse caso, não importa por qual caminho você vá.
Gato: O que importa é você ter força para chegar lá.

Quando se aproxima a conclusão do ensino médio para muitos brasileiros é dada a largada na corrida em busca da aprovação no vestibular, a porta de entrada para a universidade e, na vida dos jovens, um passo importante para o futuro. Nesse momento começam também as neuroses mais acentuadas, as crises de ansiedade e as expectativas que tomam conta dos vestibulandos e fazem desse processo de seleção um momento cercado de angustias e incertezas.
Nas últimas décadas cresceu consideravelmente a concorrência nas principais instituições públicas de ensino superior, e por outro lado aumentaram também as facilidades de se conseguir uma vaga mesmo em universidades privadas. Cresceu junto o “mercado do vestibular” e com ele cursinhos, revisões, materiais de apoio e tudo o que se possa imaginar, isso sem falar das escolas que oferecem turmas de ensino médio e que passaram a investir pesado na preparação para o vestibular. Além de tudo, há pouco tempo o Enem, a famosa prova de avaliação do ensino médio, passou a ser também uma porta de entrada ao ensino superior.
Com toda essa gama de possibilidades diante de um jovem que beira aos 17 ou 18 anos, surge uma grande questão que tem ganhado força nos últimos anos: será que nessa idade já é possível ter certeza daquilo que se quer fazer pelo resto da vida? A vida exige continuamente respostas de nós, e todas as nossas respostas dependem da nossa escolha essencial, do nosso primeiro “sim”, por que só a partir dele podemos dizer “não”.
A falta de motivações suficientes leva, de fato, muita a gente a desistir pelo meio do caminho, ou até mesmo a se perder nele, muitos universitários que abandonam ou trocam de curso e muita gente infeliz na sua própria escolha. É preciso saber aonde se quer chegar por que são muitos os caminhos, porém se não se sabe aonde se quer ir qualquer caminho serve, lembra o Gato de Cheshire do clássico infantil “Alice no País das Maravilhas”.
A dinâmica de mundo hoje é a “sociedade do fast food”, tudo se dá de maneira incrivelmente veloz, inclusive as escolhas. E há quem diga que o importante não é, em si, entrar na universidade, isso é uma idéia que vem depois, o importante mesmo é passar no vestibular, e que os planos e projetos têm de estar de acordo com o nível de vida que se quer ter, o que leva muita gente a procurar os cursos de maior visibilidade no mercado simplesmente para construir carreira e ganhar muito dinheiro, mas isso não é tudo.
É bem verdade que as possibilidades são muitas e cada dia aumentam mais, e são como aquela garotinha a beira da praia recolhendo conchas, quando avista a mais bela estrela-do-mar é incapaz de pega-la, pois já está com as mãos cheias.
 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

20 DE SETEMBRO

Durante a chamada Guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul (1835-45), quando um homem livre era chamado a servir tanto nas forças rebeldes quanto nas imperiais, podia enviar em seu lugar (ou no lugar de um filho seu) um de seus trabalhadores escravizados. Em alguns casos, o alforriavam e alistavam. Também foi prática comum buscar atrair ou tomar cativos das tropas inimigas, trazendo-os para seu lado. O primeiro exército a utilizar negros escravizados como soldados foram os imperiais. Precisando também formar uma infantaria e sobretudo preferindo enviá-los como bucha-de-canhão, morrendo na frente em seu lugar, farrapos também os alistaram: eram os famosos Lanceiros Negros. Ambos, farrapos ou imperiais, prometiam também liberdade aqueles que desertassem das tropas rivais, mudando de lado.
A maioria dos cativos que combateu nesta guerra foi obrigada a fazê-lo diante das condições impostas. Por outro lado, apesar da guerra ser horrível e violenta, era até preferível a vida militar, com seus esporádicos combates, do que as agruras diárias da escravidão. A promessa de liberdade após o fim da luta certamente pode ter influenciado em muito o recrutamento daqueles homens. Uma promessa, aliás e como veremos, jamais cumprida.
Não havia igualdade nas tropas farroupilhas, muito menos democracia racial. Negros e brancos marchavam, comiam, dormiam, lutavam e morriam separadamente. Os oficiais dos combatentes negros eram brancos, e jamais um negro chegou a um posto significante, mesmo que intermediário, de comando. Aos Lanceiros Negros era vedado o uso de espadas e armas de fogo de grande porte. Não lutavam a cavalo, como costumam mostrar nos filmes e mini-séries de TV, mas sim a pé, pois havia o risco de se rebelar ou fugir. Sua arma principal era a grande lança de madeira que lhes deu nome e fama, algumas facas, facões, pequenas garruchas, os pés descalços, a bravura e o anseio pela liberdade prometida.
Seria anacronismo se quiséssemos que líderes farroupilhas tivessem um comportamento ou posições políticas avançadas e assim diferentes das existentes em seu tempo, mas defesa da Abolição da escravidão era bem conhecida e nada alienígena na época. Uma Abolição começou a ser decretada em Portugal em 1767, proibindo que fossem enviados para o reino mais cativos vindos da África, e em 1773 foi decretada uma Lei do Ventre Livre naquele país. Na Dinamarca, isso se deu em 1792. Na França, em 1794 (ainda que Napoleão tenha tentado restabelecer a escravidão no Haiti em 1802). No México, uma primeira tentativa de Abolição foi feita em 1810, mas foi finalmente vitoriosa em 1829. Bolívar libertou cativos em 1816-7, durante suas lutas por independência, e finalmente aboliu a escravatura em 1821. A Inglaterra, que havia findado a escravidão pouco antes da Revolta dos Farrapos, pressionava o Brasil pelo fim do tráfico negreiro desde 1808. Willian Wilbeforce, um dos maiores abolicionistas da história, morreu em 1833, ou seja, dois anos antes da guerra no Sul do Brasil. Farrapos, portanto, conheciam, sim, e muito bem o abolicionismo.
Entretanto,os principais chefes farrapos, Bento Gonçalves, Canabarro, Gomes Jardim e até Netto, dentre outros, eram todos ferrenhos escravistas. Quando aprisionado e enviado para a Corte no Rio de Janeiro, Bento Gonçalves teve o direito de levar consigo um de seus cativos para lhe servir. Ao morrer, o mais conhecido líder farroupilha deixou terras, gado e quase cinqüenta trabalhadores escravizados de herança aos seus familiares. Bem diferente do que fizera Artigas no Uruguai anos antes, os farrapos jamais propuseram uma reforma agrária ou mesmo uma distribuição de terras entre seus soldados, mesmo os brancos pobres, que dirá os negros. A defesa da escravidão era tão clara entre os chefes farrapos a ponto deles jamais sequer terem mencionado o fim do tráfico negreiro.
Ao fim da guerra e já quase totalmente derrotados, os farrapos incluíram entre suas exigências para o Império o cumprimento da promessa de liberdade que haviam feitos aos Lanceiros (principalmente porque temiam que eles formassem uma guerrilha negra na província já que a quebra da promessa os faria se rebelar ou fugir para o Uruguai, destino comum de diversos cativos fugitivos na época). Queriam entregar-se ao Império, acabar a guerra, voltar à normalidade, mas tinham os Lanceiros e a promessa que lhes haviam feito, e o Império, escravista até a medula, não queria cumprir essa parte do acordo.
Que fazer então? A questão foi resolvida na madrugada de 14 de novembro de 1844, quando o general farrapo David Canabarro entregou seus Lanceiros desarmados ao inimigo, tudo previamente combinado com Caxias. E no serro de Porongos, hoje região de Pinheiro Machado (interior do Rio Grande do Sul), foi dizimada quase toda a infantaria negra, enterrando de vez a preocupação dos farrapos e acelerando assim a paz com o Império. A instrução de Caxias a um de seus comandados foi clara e objetiva: a batalha teria que ser conduzida de forma tal que poupar apenas e dentro do possível o sangue de brasileiros (e o negro era então tratado como africano, mesmo que já nascido no Brasil).
Alguns historiadores apologistas ou folcloristas de CTGs consideraram aquela traição como Surpresa, já que pela primeira vez que o então vigilante Davi Canabarro teria sido surpreendido pelo inimigo. Conversa fiada! Enquanto dispôs suas tropas negras de tal maneira que ficassem desarmadas e descobertas, algo que até então nunca havia feito, Canabarro se encontrava bem longe e seguro do local, nos braços de Papagaia, alcunha de uma amante sua.
Após o combate, um relato oficial avisou a Caxias que pelo menos 80% dos corpos caídos no campo de Porongos eram de homens negros. Calcula-se que, nos últimos anos daquela conflito, os farrapos ao todo somavam uns cinco mil homens, sendo que algo em torno de mil eram Lanceiros Negros. Após o Massacre de Porongos, porém, restaram apenas uns 120 deles, feridos, alguns mutilados, e que foram primeiramente enviados para uma prisão no centro do país e depois dispersados para outras províncias, ainda mantidos como cativos.
Feito isso, deu-se a chamada rendição e paz do Poncho Verde, onde senhores escravistas dos dois lados trocaram abraços e promessas de lealdade e, logo depois, marcharam juntos e sob a mesma bandeira imperial contra o Uruguai, Argentina e Paraguai.

Bibliografia
FACHEL, José Plínio Guimarães. Revolução Farroupilha. Pelotas: EGUFPEL, 2002.
FERREIRA, Hemerson. Da Revolta à Semana Farroupilha: entre tradição e a história. http://prod.midiaindependente.org/en/blue/2009/08/451359.shtml
FLORES, Moacyr & FLORES, Hilda Agnes. Rio Grande do Sul: aspectos da Revolução de 1893. Porto Alegre: Martins-Livreiro, 1993.
GOLIN, Tau. Bento Gonçalves, o herói ladrão. Santa Maria: LGR, 1983.
LEITMAN, Spencer. Raízes sócioeconómicas da Guerra dos Farrapos: um capítulo da história do Brasil no século XIX. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
MAESTRI, Mário. "O negro escravizado e a Revolução Farroupilha". In: O escravo gaúcho: resistência e trabalho. Porto Alegre: UFRGS, 1993, pp76-82.

sábado, 15 de setembro de 2012

TRABALHO COLETIVO 2

Pessoal o primeiro trabalho foi bem produtivo, embora alguns apenas fizessem um apanhado do que existe na internet. Neste segundo desejo que façam uma reflexão sobre o texto abaixo retirado da revista Carta Capital. Usem o método dissertativo, sejam criativos, sejam felizes...
 

A FELICIDADE A QUALQUER PREÇO

No último sábado, andei por uma loja infantil de shopping center à procura de presentes para a filha de uns vizinhos que, no dia seguinte, completaria sete anos. Entre incontáveis prateleiras de brinquedos que cantam, dançam, gingam e contam piadas, havia uma pequena bancada com alguns livros que me chamou a atenção – e onde achei que encontraria, talvez, o presente mais original entre tantos das prateleiras.
Ao perceber minha curiosidade, a vendedora se aproximou e mostrou todos os exemplares de uma coletânea, feita para o público infantil, de histórias sobre princesas. Que, além de histórias, traziam seções de recorta-e-cola e espaços para colorir coroas em tamanho real, vestido, sapato, flores, arranjos. Tudo de princesa para princesa, ela explicou.

 
"Melancolia"
Olhei em volta e me dei conta da infinidade de referências a castelos e principados ao meu redor. Desisti do livro, imaginando que os sete anos já teriam sido tempo suficiente para desimpregnar o sonho do conto de fadas eventualmente já convertido em maturidade pela vizinha e as amigas da mesma idade.
Mudei de ideia ao ver, no dia seguinte, já no salão de festas, a mesma infinidade de referências aos encantos que imaginava enterrados. Era a perpetuação, flagrada na origem, das mesmas histórias sobre triunfos e heroísmos protagonizados por pessoas que há muito deixaram os sete anos e hoje narram os feitos de seus esforços homéricos para alugar palácios reais e preparar as melhores festas de casamento, aniversários ou festas de 15 anos em redutos plebeus.
É possível que o enfado em torno das conversas sobre investimento, retorno, conversas sobre a geometria da casa própria, álbum de fotos, buquês, brindes e limusines não tirasse da cama a melancolia de Justine, personagem vivida por Kirsten Dunst em “Melancolia”, no filme feito sob medida por Lars von Trier para ilustrar nossos dias de buscas por encantos eternos para preencher vidas vazias, e comuns. Não é à toa que, como lembra o filósofo Vladimir Safatle, em artigo recente na Folha de S.Paulo, que Lars Von Trier seja hoje um dos poucos cineastas “realmente necessários para nossa época”, capaz de provocar as melhores reflexões contemporâneas sobre moralidade e seus impasses.
No longa, o primeiro sinal de que algo está deslocado na indústria de sonhos pré-fabricados é lançado logo no início, quando a limusine que leva Justine e o marido Michael (Alexander Skarsgård) à festa de casamento – num casarão cercado por lagos, prados e campos de golfe – emperra numa estrada estreita, lamacenta e cheia de pedras. A limusine, como os sonhos, parece grande demais para uma realidade que se apresenta árida. Poucos ao redor de Justine parecem se dar conta disso, exceto ela – que, por motivos aparentemente incompreensíveis, mal disfarça o mal-estar dentro de seu próprio dia de princesa.
Cena do filme
Na impecável festa preparada para ela, patrocinada por um cunhado, John (Kiefer Sutherland) – o dono do casarão que não se cansa de dizer que a cerimônia lhe custou os olhos da cara – tudo parece sair das páginas de um livro baseado em sonhos. Do arranjo às músicas, passando pelos discursos sobre amores eternos feitos pelo marido, Lars von Trier cuidou de todos os detalhes da decoração para mostrar que nada se parece mais com o inferno do que aquela cerimônia. O pano de fundo está lá, impecável, mas a missão delegada à noiva soa algo como assustadora: ela é desafiada, a cada cena e a cada instante, a ser feliz, a rir o tempo todo, a ser como as pessoas gostariam de ser, e não são.
E o casamento, àquela altura, não é outra coisa se não a amostra grátis de uma felicidade comprada a prestações, da infância à vida adulta. Porque somente um sorriso de princesa é capaz de entorpecer os convidados, entre eles os pais da noiva que não escondem a infelicidade exposta por uma relação que não deu certo. Ou a irmã, Claire (Charlotte Gainsbourg), espécie de mestre de cerimônias, que se apoia no discurso da união familiar para esconder de si mesma o tédio a que está condenada ao lado do marido naquele “castelo” onde reina o vazio. Tudo mais ou menos como a estratosfera da audiência espalhada pelo Planeta que, por alguns instantes, imaginou que a vida poderia ser diferente da sua ao assistir, boquiaberta, ao casamento de Kate Middleton e o príncipe William, na Inglaterra.
Se em filmes anteriores o diretor dinamarquês expôs com precisão as pequenas tiranias incorporadas nas pequenas ilhas sociais nas quais um único personagem, aparentemente ingênuo, era forçado a engolir cada tapa da vida até a sua completa destruição moral e física – como fez em “Dogville”, “Manderlay” e “Dançando no Escuro” – desta vez é o personagem que se antecipa à fragilidade do mundo ao seu redor. Justine já não é a frágil Grace, que um dia acreditou que sua boa vontade a livraria da crueldade canina das pessoas à sua volta.
Diferentemente dela, Justine já percebeu que não tem a menor capacidade de curar as feridas da desagregação herdada pelos pais. Justine dá de ombros para as formalidades montadas ao seu entorno, e parece desconfiar que as esperanças depositadas na cerimônia não devem sobreviver ao primeiro sopro que exponha não só a fragilidade humana, mas a fragilidade dos próprios sonhos.
Numa das mais simbólicas cenas do filme, Justine confessa à irmã que mal consegue aproveitar a festa porque um fio cinza do vestido lhe aprisiona os movimentos. Todos parecem ter certeza sobre tudo, mas ela não. Por isso, lamenta que, apesar de sorrir o tempo todo, não consegue disfarçar o pavor que sente pela obrigação de estar feliz. Essa incapacidade é exposta nas pequenas fugas que realiza dentro da própria festa. (Que tal um banho de banheira entre a valsa e o corte do bolo? Ou uma escapada para uma rapidinha com um dos convidados enquanto o marido “recém-empossado” a espera?)
Entre regras e transgressões enclausuradas em sua própria festa, a ameaça de um planeta desconhecido – não por acaso batizado como Melancolia – atingir em cheio a Terra e acabar com a vida humana não é sequer capaz de fazê-la franzir a sobrancelha. Porque, no mundo que ela acaba de herdar, não é a sensação de finitude que a angustia, mas o seu contrário: a sensação de que tudo pode durar enquanto for eterno. Esse infinito nada mais é que a estrada estreita e sem-graça onde tentam encaixar a limusine, como se a felicidade fosse também insustentável num planeta despedaçado e que, no primeiro sinal de perigo (e catástrofe), cada um fatalmente correrá para um lado. Não é por acaso que justamente o cunhado, dono do castelo, pai e marido exemplar e que se gaba de patrocinar o regabofe, seja o primeiro a acusar o golpe quando desconfia que seus planos (e castelos) serão despedaçados caso haja a colisão entre planetas: justo ele, que na TV é ninguém menos que Jack Bauer, da série 24 horas…
O desapego pelas convenções é o que explica a indiferença de Justine em relação à sua felicidade forjada, mas também em relação à morte. Ela sabe que, perto do tédio e da covardia que a rodeia, a melancolia (que já foi chamada de “depressão com aura”) é apenas um alento. Só que isso não está escrito nos livros sobre princesas nem nos catálogos de decoração para a festa de nossos sonhos.
Texto de Matheus Pichonelli - Carta Capital

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

ANÁLISE DOS MEIOS DE TRANSPORTE

Trabalho Coletivo - 3° ano Horto 2012

 
Vamos analisar a situação dos meios de transportes existentes no Brasil. Num primeiro momento navegue na internet e procure os diversos modais existentes em nosso país, em seguida estabeleça uma breve comparação entre eles e responda a seguinte pergunta: Como você observa a situação dos transportes no Brasil? Coloque em seu comentário a resposta! Boa viagem!