segunda-feira, 23 de agosto de 2010

SOU PROFESSOR

Abrace seu professor! Ele merece!
SOU UM PROFESSOR QUE PENSA:

Pensa em sair correndo toda vez que é convocado para uma reunião, que certamente o responsabilizará mais uma vez, pelo insucesso do aluno.

SOU UM PROFESSOR QUE LUTA...
Luta dentro da sala de aula, com os alunos, para que eles não matem uns aos outros. Que luta contra seus próprios princípios de educação, ética e moral.


SOU UM PROFESSOR QUE COMPREENDE...
Compreende que não vale a pena lutar contra as regras do sistema, ele é sempre o lado mais forte.

SOU UM PROFESSOR QUE CRITICA...
Critica a si mesmo por estar fazendo o papel de vários outros profissionais como: psicólogo, médico, assistente social, mas não consegue fazer o próprio papel que é o de ensinar.

SOU UM PROFESSOR que tem esperança,
E espera que a qualquer momento chegue um "estranho" que nunca entrou em uma sala de aula, impondo o modo de ensinar e avaliar.

SOU UM PROFESSOR QUE SONHA...


SONHA COM UM ALUNO INTERESSADO,
SONHA COM PAIS RESPONSÁVEIS,
SONHA COM UM SALÁRIO MELHOR, UM MUNDO MELHOR.

ENFIM, SOU UM PROFESSOR QUE REPRESENTA...
Representa a classe mais desprestigiada e discriminada, e que é incentivada a trabalhar só pelo amor à profissão.

Representa um palhaço para os alunos.

Representa o fantoche nas mãos do sistema concordando com as falsas metodologias de ensino.

SOU UM PROFESSOR QUE VOTA

terça-feira, 17 de agosto de 2010

GABARITO 1º ANO

1-a 2-d 3-e 4-fvvff 5-b 6-e 7-b 8-d 9-c

GABARITO 2º ANO

1-a 2-b 3-c 4-e 5-a 6-fvfvv 7-d 8-b 9-c 10-e 11-b 12-vfvfv 13-c 14-a 15-a

domingo, 15 de agosto de 2010

MEDOS E DESAFIOS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Política de Educação Inclusiva proporcionou à escola repensar sua estruturação enquanto instituição de ensino. Isto acarretará mudanças e uma nova organização do sistema educacional, visto que esse processo encontra-se em fase inicial diante da longa caminhada que a instituição escolar ainda tem que percorrer para se tornar verdadeiramente inclusiva. O primeiro ponto a ser mencionado diz respeito à exacerbada preocupação em incluir, principalmente, para reparar a atitude excludente que a própria escola tem tomado com as mais diversas formas de diferença. É preciso ter muito cuidado com as armadilhas que surgem junto com a proposta de educação inclusiva. A principal delas está no fato de que os professores, em sua maioria, preocupam-se muito em “como” incluir em detrimento do questionamento maior que deveria ser “para que” incluir. A pergunta técnica, relacionada à métodos e recursos, constantemente tem prioridade diante da pergunta ética, que configura os objetivos do processo inclusivo. Para a psicanálise o que realmente interessa no processo de inclusão é o sujeito com suas singularidades e história de vida. Esses elementos são determinantes no posicionamento do aluno diante da aprendizagem. Métodos, técnicas e recursos são importantes, mas, não podem prevalecer no processo de inclusão. Esses fatores não são garantia de sucesso na aprendizagem, pois todos os alunos possuem especificidades e um mesmo método não é capaz de atingir, igualmente, a todos os alunos. “Quando um educador opera a serviço de um sujeito, abandona técnicas de adestramento e adaptação, renuncia à preocupação excessiva com métodos de ensino e com conteúdos estritos, absolutos, fechados e inquestionáveis” (KUPFER, 2001, p.125).  A proposta de educação inclusiva apenas reforça o que a psicanálise defende, que é levar em conta a singularidade de cada sujeito no processo de aprendizagem e para isso não existem métodos ou técnicas. É preciso que a sociedade, e isso inclui a escola, comece a refletir a respeito de que somos todos diferentes, não só as pessoas com necessidades especiais. Muitas vezes essas pessoas são reduzidas às suas deficiências em detrimento do sujeito que existe e que vai além da deficiência. Até as crianças que possuem a mesma deficiência, são diferentes entre si, com suas peculiaridades e história de vida. É bastante comum o professor querer saber qual o quadro sintomático que a criança apresenta. A crença do professor é que se ele nomear o quadro da criança, também estará nomeando a própria criança. (...) nós acabamos tomando o caso clínico pelo sujeito, como o professor que fala: “Aquela criança é Deficiente Mental!” Como se a criança fosse o quadro clínico (MRECH, 1999, p.58). Em cada aluno, seja ele deficiente ou não, existe um sujeito que possui desejos e particularidades inscritas pela sua relação familiar e social, é este sujeito que deve ser levado em consideração, não a sua deficiência, ou classe social, ou descendência étnica. Para que a inclusão tenha chances de ser bem sucedida, é necessário avaliar e analisar as possibilidades reais que cada criança venha a ter de acompanhar os processos de ensino-aprendizagem. O professor e a escola devem estabelecer um trabalho interdisciplinar, no qual a posição subjetiva do aluno seja levada em conta. “[...] A escola inclusiva não deve ser a escola que ‘oferece tudo para todos’. Este é um lugar impossível” (MEIRA, 2001, p.48). Contudo é possível propor atividades que levem em conta a produção de saber em relação ao qual a criança é capaz de sustentar, respeitando as diferentes posições, “[...] a homogeneidade é ilusória, [...] estas crianças deverão ser demandadas a partir do estágio em que se encontram, sem que se funde o mito de que ‘são todas iguais’” (MEIRA, 2001, p.50).

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O FRASCO DE MAiONESE E CAFÉ

Quando as coisas na vida parecem demasiado, quando 24 horas por dia não são suficientes...Lembre-se do frasco de maionese e do café.

           Um professor, durante a sua aula de filosofia sem dizer uma palavra, pega num frasco de maionese e esvazia-o...tirou a maionese e encheu-o com bolas de golf. A seguir perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Os estudantes responderam sim. Então o professor pega numa caixa cheia de pedrinhas e mete-as no frasco de maionese. As pedrinhas encheram os espaços vazios entre as bolas de golf. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a dizer que sim. Então...o professor pegou noutra caixa...uma caixa cheia de areia e esvaziou-a para dentro do frasco de maionese. Claro que a areia encheu todos os espaços vazios e uma vez mais o pofessor voltou a perguntar se o frasco estava cheio. Nesta ocasião os estudantes responderam em unânime "Sim !".
          Em seguida o professor acrescentou 2 xícaras de café ao frasco e claro que o café preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes nesta ocasião começaram a rir-se...mas repararam que o professor estava sério e disse-lhes: 'QUERO QUE SE DÊEM CONTA QUE ESTE FRASCO REPRESENTA A VIDA'. As bolas de golf são as coisas Importantes: como a FAMÍLIA, a SAÚDE, os AMIGOS, tudo o que você AMA DE VERDADE. São coisas, que mesmo que se perdessemos todo o resto, nossas vidas continuariam cheias. As pedrinhas são as outras coisas que importam como: o trabalho, a casa, o carro, etc.
         A areia é tudo o demais, as pequenas coisas. 'Se puséssemos 1º a areia no frasco, não haveria espaço para as pedrinhas nem para as bolas de golf. O mesmo acontece com a vida'. Se gastássemos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teríamos lugar para as coisas realmente importantes. Preste atenção às coisas que são cruciais para a sua Felicidade. Brinque ensinando os seus filhos, arranje tempo para ir ao medico, namore e vá com a sua/seu namorado(a)/marido/mulher jantar fora, dedique algumas horas para uma boa conversa e diversão com seus amigos. Pratique o seu esporte ou hobbie favorito. Haverá sempre tempo para trabalhar, limpar a casa, arrumar o carro... Ocupe-se sempre das bolas de golf 1º, que representam as coisas que realmente importam na sua vida. Estabeleça suas prioridades, o resto é só areia...
        Porém, um dos estudantes levantou a mão e perguntou o que representaria, então, o café. O professor sorriu e disse: "...o café é só para vos demonstrar, que não importa o quanto a nossa vida esteja ocupada, sempre haverá espaço para um café com um amigo. "

domingo, 8 de agosto de 2010

BIENAL DO LIVRO - SÃO PAULO

IAB lança a Biblioteca do Bebê na Bienal do Livro

Ler para as crianças desde o berço tem forte impacto sobre o desenvolvimento da linguagem e da inteligência. É o que mostram os estudos internacionais. Para estimular esse hábito e trazer para o Brasil a discussão sobre a importância de políticas públicas voltadas a essa prática, o IAB está apresentando na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo a Biblioteca do Bebê, em parceria com a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Além desse espaço, o IAB promove na Bienal e em cinco outras capitais um seminário internacional com a participação de dois dos maiores especialistas mundiais no tema. Na Biblioteca do Bebê, a equipe do IAB fará demonstrações de técnicas adequadas de leitura para as diferentes faixas etárias entre zero e quatro anos, ou seja, aquelas que propiciam os estímulos mais eficientes para o desenvolvimento infantil em cada etapa. Além das demonstrações, o IAB desenvolveu uma cartilha e um vídeo explicativos sobre a melhor maneira de ler para cada idade (Primeira Infância Primeiras Leituras). Aproveitando o espaço da Bienal, o IAB lançará dois novos produtos: uma coleção de 12 livros adequada para crianças de até 3 anos (Coleção Pequenos Leitores), cujo objetivo é sinalizar para os pais e para o setor editorial os tipos de livros adequados para diferentes faixas etárias. Esses livros também deverão ser usados em programas de formação de hábito de leitura a serem desenvolvidos em parceria com estados e municípios. E tem mais: o IAB elaborou um Guia IAB de Leitura para a Primeira Infância: os 600 livros que toda criança deveria ler antes de entrar na escola.

Por que ler para crianças pequenas desenvolve a inteligência

Estudos científicos mostram que crianças que adquiriram o hábito de leitura aos três anos de idade, apresentam, aos 10, desempenho escolar superior às outras. Neste artigo, o professor João Batista explica porque ler para crianças pequenas estimula o desenvolvimento da linguagem, da cognição e da capacidade de abstração. Crianças que convivem desde cedo com a linguagem escrita, chegam a ter um vocabulário mais de 300% maior, no momento de entrar para a escola. O vocabulário é o tijolo do pensamento. Quanto maior o vocabulário e mais articulada a sintaxe, mais temos sobre o quê pensar e mais ferramentas temos para pensar.

Seminário internacional mostra a importância da leitura na Primeira Infância

O impacto da leitura desde o berço sobre o desenvolvimento da linguagem, da capacidade cognitiva e seus efeitos positivos no desempenho escolar serão os temas abordados por especialistas internacionais no ciclo de seminários que o IAB promove em seis capitais: Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Alagoas, Recife e São Paulo, este último na Bienal do Livro.

Instituto lança programa de leitura para crianças de Zero a 3 anos

O IAB está lançando programas de leitura voltados para crianças na faixa de zero a 3 anos por ser essa uma etapa crítica, na qual estímulos e condições adequadas são essenciais para o pleno desenvolvimento, podendo ter consequências para o resto da vida. Por isso o IAB se capacitou para prestar apoio à elaboração e implementação de políticas públicas para a Primeira Infância e busca parceiros para desenvolver programas focados nessa faixa etária, voltados, principalmente, em famílias de baixa renda.

VIDA DE PROFESSOR

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO - Jô Soares

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

DIA DO ESTUDANTE - A ORIGEM

       O Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto, remete à data em que o imperador D. Pedro 1º assinou, em 1827, o decreto que criava os dois primeiros cursos de Direito do Brasil: em São Paulo e em Olinda (PE). Segundo João Grandino Rodas, diretor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) – também conhecida como Faculdade de Direito do Largo de São Francisco – o impacto cultural e social da criação da instituição paulista há 182 anos inaugurou uma tradição de diversidade intelectual e de oposição às arbitrariedades que justifica a transformação do marco do nascimento dos cursos jurídicos em uma data que homenageia os estudantes de todas as áreas. – Com o tempo, a significação do dia 11 de agosto ampliou-se. A data marca não unicamente o início dos cursos jurídicos no Brasil mas, praticamente, o começo do ensino superior no país, sendo, portanto data comemorativa de todos os estudantes –, disse.
      Exatamente cem anos depois do decreto de 11 de agosto, em 1927, a data foi escolhida para a comemoração do Dia do Estudante. Em 11 de agosto de 1937, foi fundada a União Nacional dos Estudantes (UNE). De acordo com Rodas, a Faculdade de Direito – que foi a primeira instituição a integrar a USP no momento de sua criação, em 1934 – teve, desde o século 19, uma influência marcante na formação de lideranças brasileiras, gerando alguns dos principais advogados, políticos, poetas, jornalistas e escritores na história do país. – Um aspecto que sempre foi próprio dos estudantes do Largo de São Francisco é a proatividade em relação às grandes questões nacionais, como a abolição da escravatura e a redemocratização –, disse Rodas, que é docente da Faculdade de Direito da USP desde 1971.
       De acordo com o presidente da Fapesp, Celso Lafer, também professor titular da Faculdade de Direito da USP, o dia 11 de agosto é o início simbólico dos cursos superiores no Brasil e, na cidade de São Paulo, o marco inaugural da presença dos estudantes como um grupo específico. – Isso foi adquirindo um significado que vai além da Faculdade de Direito e terminou por marcar tanto o ensino superior como as atividades culturais de modo geral. O impacto cultural da aglutinação estudantil em São Paulo foi muito amplo –, disse. A experiência do convívio acadêmico proporcionada pela faculdade, segundo Lafer, levou à criação de uma rede de amizades que reunia, pela primeira vez, a inteligência de diversas regiões do país. – Esses estudantes foram integrar a classe política, a burocracia do Império, a direção de jornais e os principais círculos literários do país. Todo o romantismo – Castro Alves e Fagundes Varela, por exemplo – beneficiou-se dessa rede –, destacou.
        Segundo Rodas, na época colonial da história brasileira não havia instituições de ensino superior. Os estudantes que queriam e podiam estudar dirigiam-se a Portugal. Somente com a vinda de Dom João 6º e da Família Real ao Brasil, em 1808, surgiram as primeiras faculdades. – A primeira foi a Escola de Medicina da Bahia, em Salvador, então capital do Brasil-reino. Com o intuito de preparar os dirigentes do recém-fundado império, Dom Pedro 1º instituiu, com o decreto de 11 de agosto de 1827, duas escolas de Direito, uma em Olinda e outra em São Paulo, sendo que esta foi a primeira a entrar em funcionamento, utilizando-se do espaço e da biblioteca do Convento do Largo de São Francisco, que havia sido fundado em 1645 –, contou. Apesar do provincianismo de São Paulo em 1827, a decisão de instalar a nova faculdade na cidade pode ter sido tomada em razão da localização geográfica, capaz de atender à região Sul e Minas Gerais, além do fácil acesso ao porto de Santos. – Há quem diga que a localização de um faculdade na insignificante vila de São Paulo – que era então uma mera passagem de tropeiros – deveu-se à influência da Marquesa de Santos, à época já casada com Tobias de Aguiar e moradora vizinha do páteo do Colégio –, disse. A chegada da Academia e dos estudantes, segundo Rodas, trouxe vida à cidade, que só na década de 1870 seria beneficiada pelas rendas da cafeicultura. – Pode-se imaginar o que significou a chegada de estudantes no pequeno vilarejo. Os jovens eram cortejados, pois representavam a redenção econômica e social do lugar. Daí a naturalidade do ‘pindura’, o costume dos estudantes do Largo São Francisco de comemorar o dia 11 de agosto fazendo refeições em restaurantes e saindo sem pagar. Como os estudantes eram poucos em número, era encarado com naturalidade que, na data de aniversário da faculdade, os estabelecimentos brindassem com gratuidades os fregueses de todo o ano.
      – Obviamente que hoje, sendo milhares os estudantes, há necessidade de se repaginar certos aspectos folclóricos mais facilmente aceitáveis no passado, como o ‘pindura’ e a ‘peruada’ – em que os estudantes ‘se apropriavam’ de um peru de um vizinho da faculdade, preparavam-no e em seguida convidavam o dono da ave para almoçar, sem saber que estaria degustando seu próprio peru –, disse Rodas. Segundo ele, no entanto, as lembranças dessas “estudantadas” ainda permeiam o imaginário dos atuais alunos de Direito e de outras carreiras. Tanto é assim que os ‘pinduras’ continuam sendo realizados, ainda que na maior parte das vezes em combinação com os proprietários dos restaurantes. Entretanto, ainda acontece de, ao se negar a pagar a conta, os comensais acabarem na delegacia de polícia, para a lavratura de boletim de ocorrência –, disse. Aluno da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco na segunda metade da década de 1960, Rodas afirma que mesmo durante o período da ditadura militar as tradições estudantis se mantiveram. – Posso testemunhar que nos anos difíceis de então, em que mesmos os estudantes se dividiam em campos opostos, o dia 11 de agosto não deixou de ser festejado e a peruada – atualmente um cortejo que passeia pelas ruas do centro da cidade – não deixou de ser realizada. Tratava-se de um momento de congraçamento que punha de lado as divergências –, disse. Hoje, de acordo com Rodas, a Faculdade de Direito da USP está passando por uma atualização no que se refere a seu projeto pedagógico, à ampliação e modernização de suas instalações físicas, ao aumento do número de professores, à introdução dos meios eletrônicos modernos, à interdisciplinaridade – possibilitando que os alunos cursem disciplinas em outras faculdades da USP e no exterior – e à digitalização da primeira biblioteca pública de São Paulo, inaugurada em 1645 com o Convento de São Francisco. – A ‘Velha e sempre nova Academia’ é a casa de todos os que cultuam o Direito no Brasil e não apenas dos que estudaram lá. Daí a sua responsabilidade de, não se esquecendo de seu passado glorioso, ir-se modernizando e contribuindo para a melhora do ensino jurídico no Brasil –, disse.

CHOMSKY E AS 10 ESTRATÉGIAS DE MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA‏

1. A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.


O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranquilas')”.

2. CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3. A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4. A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5. DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”)”.

6. UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7. MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranquilas’)”.

8. ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9. REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10. CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

domingo, 1 de agosto de 2010

FRASE QUE DIZ TUDO

"Brasil ficou entre 8 melhores do mundo no futebol e ficou triste. Mas é o 85º em educação e não há tristeza."  (Senador Cristovam Buarque)

Melhores salários para os professores!

HISTÓRIA DA IRLANDA DO NORTE - PARTE II

As Plantações e o terror Protestante


"Não esqueceremos" -  Belfast
Para dar mais solidez à ocupação da ilha, a Inglaterra adotou a politica das plantations, das plantacões. Tratou-se de uma revivência da velha politica romana da colonização. Estimulou para tanto a vinda de escoceses (13 mil) e ingleses (7.500), de fé episcopal, presbiteriana ou puritana, facilitando-lhes a adquirição de campos. Naturalmente que arrancados aos irlandeses. Os protestantes que hoje habitam a Irlanda do Norte são descendentes desses imigrantes que chegaram nos finais do século 16 e princípios do 17. Como complemento, as antigas leis gaélicas, as Brehon Laws, foram derrogadas imperando desde então o direito inglês. Quando deu-se a Guerra Civil de 1641-9 - a Revolução Puritana - entre o Rei Carlos I e o Parlamento liderado por Oliver Cromwell, os irlandeses trataram de aproveitar a confusão formando a Confederação de Kilkenny. Nela coligaram-se irlandeses gaélicos, normandos e membros do alto clero católico, liderados por Phelim O’Neill, reclamando a devolução das terras, contrapondo-se a Londres. Vitorioso o Parlamento e executado o rei em 1649, Oliver Cromwell desembarcou em Dublin para suprimir-lhes a autonomia. Uma das razões da chegada do exército puritano,o New Model Army, era vingar uma chacina que vitimara milhares de protestantes no Condado de Ulster em 1641. A represália foi terrível. Foram perpretados dois massacres exemplares. O primeiro em Drogheda, em setembro de 1649, e o outro em Wexford, em outubro do mesmo ano. A Irlanda capitulou, sendo controlada por governadores-gerais ou comissários parlamentares ingleses. Cromwell, por sua vez, ficou marcado na historia irlandeses como butcher, um “açougueiro” enquanto que novas plantações - as Cromwell plantations - foram distribuídas aos vencedores. Estas medidas faziam parte da politica de terra-arrasada e de terrorismo estatal adotadas pelos ingleses. De certa forma os irlandeses conheceram um destino bem semelhante aos dos nativos americanos que, na mesma época, também estavam sendo espoliados da sua terras, privados da sua cultura e submetidos ao um estatuto jurídico próximo da servidão. Eles, os irlandeses, tornaram-se nos “indios-brancos” do colonialismo inglês.

As Leis Penais e a Ascendência Protestante

Meio século depois das atrocidades de Cromwell as últimas esperanças de uma autonomia foram-se com outra derrota, a da batalha de Kingale. No dia 12 de junho de 1690, nas margens do rio Boyne, enfrentaram-se os exércitos de Jaime, o recém-deposto rei católico da Inglaterra, e seu genro e inimigo, Guilherme de Orange, o Guilherme III da Inglaterra, o campeão do protestantismo. Duas internacionais se enfrentaram: a católica com 21 mil soldados e a protestante com 35 mil. Com a derrota dos católicos a Irlanda desesperançou-se. Os ingleses de ascendência protestante, fizeram o Parlamento irlandês aprovar as chamadas Penal Laws, as Leis Penais, que praticamente tornaram o catolicismo um crime¹. Os “papistas” não podiam portar armas, herdar terras de protestantes ou arrendá-las ou hipotecá-las por um prazo superior a 31 anos ou casar com protestantes. Vedavam-lhes ter suas próprias escolas, bem como enviar seus filhos ao estrangeiro². Só seriam tolerados membros do baixo clero, porque pelo Decreto de Expulsão de 1697 todos os bispos e demais integrantes do alto clero foram expulsos da Irlanda. Estas leis somente foram revistas parcialmente em 1793 e abolidas em 1828. Desde então, da década de 1690, o governo da Irlanda caiu inteiramente sob o controle da Ascendência Protestante cujos integrantes perfaziam mais ou menos 25% da população.
¹ Para comemorar esta histórica vitória os protestantes da Ordem de Orange, fundada em 1795, realizam todos os anos na Irlanda do Norte uma série de marchas cívicas que começam no dia 12 de julho , data da vitória de Boyne estendendo-se até 12 de agosto, quando registra-se o levantamento do cerco católico sobre Londonderry. Atualmente estas marchas por atravessarem bairros ou regiões católicas têm sido uma fonte constante de violências.
² Esta guerra aberta contra a educação dos irlandeses gerou um fato curioso. Proibidos de falar e expressar-se em gaélico, os irlandeses terminaram por contribuir para que nascesse em seu solo 4 dos maiores escritores da língua inglesa: Johnathan Swift, autor das “Viagens de Guliver”(1726); George Bernard Shaw , Prêmio Nobel de 1925 e maior teatrologo da Inglaterra , autor de “Pigmalião” (1912); William B. Yeats, Prêmio Nobel de 1923, autor do livro de poemas “A Tôrre” (1928), e James Joyce autor de “Ulisses”(1922), tido como novela emblemática do modernismo literário.


Muro que separa católicos e protestantes em Belfast
A Revolta de 1798

"Quem teme falar sobre o ‘98’?/ Quem se enrubesce ao escutar-lhe o nome quando covardes debocham do destino dos patriotas, que foram pendurados em vergonha?/ Eles todos são velhacos, ou meio-escravos. São os que desprezam o seu país”. - Poema patriótico irlandês sobre o levante de 1798

O nacionalismo irlandês teve que esperar pela Revolução Americana de 1776 e pela Francesa de 1789 para estrutura-se numa frente em comum de intelectuais que unisse numa organização secular católicos e protestantes episcopais (que também eram discriminados). A nova organização laica - claramente inspirada nos jacobinos franceses - chamou-se United Irishmen, os Irlandeses Unidos, e teve Wolfe Tone como seu líder. Em 30 de março de 1798, contando com auxilio francês eles sublevaram a província de Leister, obtendo a adesão de 100 mil dos seus compatriotas, mas a ação dos britânicos logo os deteve. As tropas do lord Cornwallis fizeram 30 mil vitimas numa insurreição que durou 4 meses. Os castigos impostos aos sobreviventes foram terríveis. Sentenças de 500 a 999 chibatadas se tornaram comuns. Wolfe foi executado não sem antes de declarar suas esperanças numa Irlanda livre. O fracasso de mais uma insurreição fez com que os irlandeses, durante o século 19 apostassem mais numa política de mobilização e pressão junto ao Parlamento, que os ingleses haviam unificado em 1801, combinado-as com muita agitação social, como correu com o movimento Repeal of Union, rejeitando a união, de Daniel O’ Connell, entre 1835-40.